Saturday, March 24, 2007

Chorão-da-praia

Ø Chorão-da-praia (nome vulgar) é um caméfito rastejante de caules que podem atingirvários metros. Folhas carnudas com secção triangular e ápice agudo; ângulo dorsal serrilhado. Flores com 5-9cm de diâmetro, amarelas ou purpurescentes, estames amarelos.

Nome científico
Carpobrotus acinaciformis L. Bolus
Classificação
Reino:
Plantae
Divisão:
Magnoliophyta
Classe:
Magnoliopsida
Ordem:
Caryophyllales
Família:
Aizoaceae
Género:
Carpobrotus
Espécie:
C. edulis





Origem
África do Sul: zonas costeiras da área de clima Mediterrâneo




Motivos para a introdução
Introdução para fins ornamentais. Cultivada com frequência para fixação de dunas e taludes.

Características que facilitam a invasão
O vigoroso crescimento vegetativo leva à formação de extensos tapetes contínuos, impenetráveis, que substituem a vegetação nativa e impedem o seu (re) estabelecimento. Promove a acidificação dos solos, facilitando o seu próprio desenvolvimento.

A ter em atenção
É muito importante o controlo de seguimento para remoção de plântulas que germinem posteriormente e/ou de fragmentos vegetativos que tenham ficado em contacto com o substrato e tenham recuperado. Sem o controlo de seguimentos as áreas podem ser rapidamente re-invadidas.
Quando se considera a aplicação de agentes químicos é extremamente importante que todas as preocupações sejam tomadas e as regras de segurança rigorosamente respeitadas, tanto relativamente ao utilizador como a eventuais contaminações do meio e espécies não alvo

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Sunday, February 11, 2007

Plantas invasoras em Portugal

Nome científico: Trandescantia fluminensis Velloso

Nome vulgar: Erva-da-fortuna

Origem geográfica:

· Parte tropical da América do Sul: do Sudeste do Brasil à Argentina


Forma de introdução:

· Foi introduzido para fins ornamentais;
· Sítios sombrios e húmidos, sendo muito comum no subcobertoo tanto de matas geridas como de bosques naturais, zonas ripícolas, áreas perturbadas e urbanas. Continua a ser cultivada em jardins. Apesar de se desenvolver melhor em zonas de sombra, também cresce com luz e muito azoto. Não tolera o gelo e a seca diminui o seu vigor.

Impacto no ambiente:
· Aumenta a sua distribuição muito facilmente por crescimento vegetativo; pequenos fragmentos dos caules radicantes originam uma nova planta com facilidade


Medidas de combate:

· E muito importante remover todos os fragmentos e assegurar o controlo de seguimento ao longo das estações seguintes;
· Quando se considera a aplicação de químico é extremamente importante que todas as precauções sejam tomadas e as regras de segurança rigorosamente respeitadas, tanto relativamente ao utilizador como a eventuais contaminações do meio e espécies não alvo

Sunday, November 19, 2006


CLONAGEM


A clonagem há muito que é aplicada nas plantas, mais recentemente em animais, e chegou agora a vez do homem se clonar a si próprio. O que aflige a comunidade científica, não parece ser o facto em si, mas apenas a pouca eficácia dos métodos disponíveis.

O pai da “Dolly”, Ian Wilmut(Instituto de Roslin de Edimburgo) e o especialista na clonagem de ratos Rudolf Jaenisch do Instituto Whitehead de PesquisasBiomédicas, situado em Cambridge (Massachusetts), afirmaram recentemente na prestigiada revista Sciense, que se forem aplicadas as técnicas disponíveis de clonagem, as raras crianças que sobreviverem terão fatalmente malformações, tais como insuficiências respiratórias e imunológicas, problemas cardiovasculares, malformações renais e deficiências mentais. Esta tem sido a regra nos mamíferos clonados, e nada indica que nos seres humanos seja diferente.
A técnica da clonagem de mamíferos revela-se muito pouco ineficaz em termos de sobrevivência dos embriões. A taxa de êxito registada nas cinco espécies de mamíferos até agora clonados oscila entre os 3 e os 5%.
A clonagem humana, com fins "reprodutivos" ou "terapêuticos" ultrapassou desta forma a fase das especulações científicas, e em breve será uma realidade. Não faltam candidatos para realizarem as primeiras experiências. O desejo de fama sobrepõe-se à análise das consequências que delas possam resultar:

Clonagem Reprodutiva: Tem por objectivo o nascimento de crianças.
Clonagem Terapêutica: Tem por objectivo a obtenção de tecidos ou orgãos destinados a fins médicos.
Clonagem humana - perspectiva geral

Reprodução

A capacidade de produzir novos indivíduos é uma das características básicas dos seres vivos. Actualmente sabe-se que a vida surge sempre de outra vida, não existindo organismos que surjam por geração espontânea, por mais simples que sejam.
Atendendo a que a reprodução em plantas é muito mais variada que em animais, optou-se por aprofundar mais a reprodução animal nesta página. Para referências mais aprofundadas em relação a cada grupo vegetal, veja-se as respectivas páginas.
No entanto, nem todos os organismos se reproduzem de forma semelhante, existindo dois grandes grupos de processos reprodutores.

Esta situação verifica-se quando os descendentes são produzidos por um único progenitor, sem a participação de estruturas reprodutoras especiais.
Muito comum em plantas, nos animais multicelulares é mais comum em formas aquáticas sésseis ou flutuantes simples (esponjas, cnidários e tunicados), embora possa ocorrer em formas mais complexas como planárias, poliquetas e mesmo vertebrados. É, no entanto, a forma de reprodução principal em protistas.
A reprodução assexuada só é possível devido ao fenómeno de divisão nuclear da mitose, pelo qual uma célula-mãe origina duas células-filhas, exactamente com a mesma informação genética (salvo ocorram mutações), ou seja, clones.
A mitose, a base da reprodução assexuada, tem um importante papel na vida dos organismos.
Dado o rigor com que, na grande maioria dos casos, a duplicação do DNA de faz neste processo, a mitose permite:
· Crescimento – um organismo aumenta o seu número de células através de mitoses sucessivas, onde o conteúdo nuclear se mantém inalterado;
· Renovação – a substituição de células velhas ou danificadas permite a manutenção do corpo do organismo em condições óptimas;
· Regeneração – substituição de órgãos ou partes de órgãos, como caudas de lagartixa ou braços de estrelas-do-mar.
Geralmente são os seres mais simples, unicelulares, que se reproduzem assexuadamente. No entanto, devido ás grandes vantagens deste tipo de reprodução mesmo animais e plantas complexos podem utilizá-lo.
Estas vantagens derivam de dois aspectos:
· Aumento populacional rápido – através de reprodução assexuada o aumento do número de descendentes pode, por vezes, ser exponencial, pois o investimento por parte do progenitor é muito baixo (não há busca de parceiro ou com a produção de gâmetas);
· Estabilidade genética – devido à produção de clones, um conjunto de características bem adaptadas ao meio, no momento, pode ser reproduzido sem risco de perda de grau de adaptação, tirando o máximo partido das condições favoráveis.
No entanto, esta estabilidade genética pode tornar-se uma armadilha mortal num meio em constante mudança, pelo que, na sua maioria, os organismos podem reproduzir-se sexuadamente, quando as condições assim o exijam.
Existem diversos tipos de reprodução assexuada:

Muito comum em protozoários como a paramécia, este processo consiste na divisão do organismo em duas metades mais ou menos iguais, as quais posteriormente crescem para o tamanho normal do indivíduo.
Compreende-se, assim, que o progenitor perde a individualidade durante o processo. O núcleo divide-se primeiro e depois o citoplasma.
Neste caso, o organismo filho surge a partir de uma gema ou gomo, que crescerá até atingir o tamanho adulto.
O descendente pode libertar-se do progenitor, ou não. Neste último caso irá formar-se uma colónia, como no caso de esponjas e cnidários
Este processo de reprodução assexuada é comum em platelmintes de vida livre e pode ocorrer em cnidários e equinodermes mas apenas com intervenção externa.
O indivíduo divide-se em diversos pedaços, independentemente da composição interna de cada um deles, e cada um irá regenerar um indivíduo completo.

Por vezes também designada esporulação, não deve ser confundida com a esporulação que ocorre em fungos. A possível confusão resulta da formação de uma espécie de esporo ou quisto, no interior do qual ocorrem as divisões celulares.
No caso da divisão múltipla, o núcleo divide-se repetidamente e apenas no fim o citoplasma se subdivide em volta de cada um deles. Cada célula assim formada crescerá para formar um novo indivíduo.
Este processo, característicos de organismos que tenham que sobreviver a períodos longos de condições adversas, ocorre em protozoários como o Plasmodium, causador da malária.

Nos casos anteriores o descendente resulta do desenvolvimento de tecidos somáticos do progenitor mas neste caso tal não acontece. Na esporulação existem estruturas especializadas na reprodução assexuada, que produzem esporos assexuados.
Os esporos são células muito resistentes e leves, facilmente disseminadas.
Existem dois tipos principais de esporulação:

Neste caso o micélio produz hifas verticais designadas esporangióforos, com uma extremidade dilatada - esporângio - que contém todo o citoplasma da célula.
A columela separa o esporângio do resto do micélio, onde decorrem mitoses sucessivas que formarão centenas ou mesmo milhares de esporos ou endósporos.
Estes serão libertados simultaneamente após o rebentamento do esporângio.

O micélio produz hifas verticais designadas conidióforos, de aspecto simples e com extremidade ramificada. Dessa extremidade vão sendo gradualmente libertados os esporos, produzidos por gemulação.
Os esporos, ou conídios, são ovóides e geralmente de coloração verde-azulada ou amarelada.

A multiplicação vegetativa resulta da elevada capacidade de regeneração tecidular das plantas, devido ao crescimento contínuo que a presença de meristemas confere.
Entre as chamadas plantas superiores – Tracheophyta – os descendentes podem formar-se a partir de diferentes partes da planta adulta mas é frequente surgirem estruturas especializadas, nomeadamente:

Estas estruturas não são mais que longos e finos ramos de crescimento horizontal aéreo. Estes ramos originam novas plântulas a espaços regulares, em cada “nó”.
Dada a posição aérea do estolho este não apresenta reservas, sendo as plantas-filhas alimentadas pelos vasos condutores da planta-mãe até serem independentes, altura em que o estolho seca e morre. Os morangueiros são plantas produtoras de estolhos.

Estas estruturas são caules subterrâneos de crescimento horizontal, muito frequentes em gramíneas, por exemplo.
Estes caules apresentam geralmente pouca quantidade de substância de reserva no seu parênquima e produzem folhas e flores, além de raízes. Toda a estrutura está protegida por folhas modificadas designadas escamas, com aspecto seco.
Reside nesta estrutura a espantosa capacidade colonizadora de muitas das chamadas “ervas daninhas”. São exemplo de plantas que produzem rizomas os fetos, o gengibre, as íris, o trevo, etc.

Este caule subterrâneo entumecido é extremamente rico em substâncias de reserva, principalmente sob a forma de amido. Com excepção dos tecidos condutores, todo o interior da estrutura é composto por parênquima de reserva.
O tubérculo apresenta numerosos “olhos” ou gemas, protegidos por pequenas saliências em forma de meia-lua designadas escamas, que resultam da elementos foliares modificados.

Trata-se novamente de caules subterrâneos de crescimento vertical mas comprimidos e de aspecto cónico. Deste modo a estrutura lenhosa é reduzida, obrigando as folhas carnudas modificadas – escamas - a encaixarem todas quase no mesmo local.
Geralmente apenas apresentam uma gema central, envolvida pelas escamas, mas podem existir outras. As camadas mais externas são secas, fornecendo protecção contra o atrito. Produzem bolbos as cebolas, os alhos, os gladíolos, etc.

Muito semelhantes aos bolbos exteriormente, não apresentam as folhas carnudas modificadas como local de armazenamento de reservas mas sim o parênquima do próprio caule.
Externamente são revestidos por escamas secas, tal como os bolbos. São exemplos de plantas produtoras de cormos os crocus, as begónias, cíclames, etc.

Ao contrário da reprodução assexuada, neste caso exige-se que os descendentes sejam formados a partir de dois progenitores, que produzem células sexuais ou gâmetas. Essas células, uma feminina e outra masculina, unem-se para originar o novo indivíduo.
Assim, a reprodução sexuada envolve uma alternância entre meiose e fecundação, apresentando uma elevada vantagem evolutiva para os organismos pois produz e mantém a variabilidade das populações.

Os primeiros organismos eucariontes seriam provavelmente haplóides assexuados mas o surgimento da reprodução sexuada abriu caminho ao surgimento da diplóidia.
Pensa-se que a diplóidia terá surgido pela primeira vez quando duas células haplóides se uniram para formar um "zigoto" diplóide. Por um dos incontáveis acidentes evolutivos, essa célula 2n ter-se-á dividido mitoticamente, originando indivíduos diplóides.
Estes indivíduos diplóides que posteriormente sofreram divisões redutoras no número de plóidia - meiose - passaram a apresentar alternância de fases nucleares (e em plantas a maioria de gerações também).
A diplóidia permite uma maior capacidade de armazenamento de genes e alelos diferentes e uma expressão mais complexa do genótipo do organismo ao longo do seu desenvolvimento. Este facto explica a dominância da fase nuclear diplóide em quase todos os grupos taxonómicos evoluídos, dominância que chega a quase eliminar a fase haplóide reduzindo-a a algumas células.

Thursday, October 12, 2006

Estas são as minhas fontes para o trabalho de biologia.
Pu-las agora noutra postagem porque esquecime de por na postagem do trabalho



In: “Correio Braziliense”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Genoma
http://revista.cecm.usp.br/noticias/genoma_cachorro
http://www.revistapesquisa.fapesp
http://jn.sapo.pt/2005/09/01/sociedade/chimpanze_genoma_sequenciado.html
http://blogomica.blogspot.com/2005_12_01_blogomica_archive.html

Algumas espécies com genoma já sequenciado



Nome vulgar: Cachorro

Nome científico: Canis familiaris

Algumas características:
·A disponibilidade do genoma do cachorro ajuda na análise dos genomas de outros mamíferos, e em particular do homem.
·Este genoma do cachorro faz com que possa haver uma extensa análise de polimorfismos de um único nucleotído- essa análise deve-se a mudanças numa única letra, um único nucleotído do DNA - entre várias raças de cachorros, a partir de sequências parciais disponíveis.
·Este tipo de conhecimento pode ajudar a identificar as alterações genéticas que são responsáveis por doenças como narcolepsia, cegueira, epilepsia, cancro, entre muitas outras.


Nome vulgar: Quaresmeira
Nome científico: Tibouchina granulosa
Algumas características:
· Apresenta o menor genoma.
· Tem 340 milhões de pares de bases nitrogenadas, que são as unidades químicas do DNA.





Nome vulgar: Jeriva (Palmeira)
Nome científico: Syagrus romanzoffiana
Algumas características:
· O material genético desta planta tem 6,2 billiões de pares de bases.
· Um tipo de palmeira, facilmente encontrada no meio urbano, cujo fruto é carnoso e alaranjado, servindo de repasto para animais em áreas silvestres.


Nome vulgar: Pau-brasil
Nome científico: Caesalpinia echinata
Algumas características:
·Tem um grande DNA.
· No seu genoma estão presentes 3,8 biliões de pares de bases.


Nome vulgar: Mogno
Nome científico: Swietenia macrophyla
Algumas características:
· É uma das árvores com menor genoma que existe.
· O seu material genético é composto por 513 milhões de pares de bases.






Nome vulgar: Ipês
Nome científico: Tabebuia
Algumas características:
·O ipês amarelos têm um DNA com mais de 2 biliões de pares de bases.
·Os ipês roxos têm mais de 1 bilhão de pares de bases
·Os ipês brancos têm 900 milhões de pares de bases.
·Nos ipês amarelos têm um maior número de cromossomas, 40 pares, que dá o total de 80 cromossomas. Este número é o dobro do encontrado nas espécies de ipês-roxo e branco.


Nome vulgar: Álamo
Nome científico: Populus trichocarpa
Algumas características:
· É uma espécie de origem do oeste da América do Norte.
· Foi a primeira árvore a ter genoma sequenciado.
· Têm um genoma relativamente pequeno visto que tem apenas 485 milhões de bases, que é cerca de 50 vezes menos do que o genoma de um pinheiro.
· Esta descoberta pode originar técnicas para acelerar o crescimento de árvores e facilitar o seu processamento para obter papel ou energia.
·Usando um exemplar de fêmea de álamo, os cientistas conseguiram sequenciar 19 cromossomas da árvore e identificaram mais de 45 mil genes.






Nome vulgar: Erva-daninha
Nome científico: Arabidopsis thaliana
Algumas características:
· Tem 125 milhões de pares de bases e possui12 cromossomas..
· O estudo desta erva foi o primeiro passo para determinar as diferenças genéticas que são responsáveis por gerar características exclusivas das árvores, como grande porte, robustez, longevidade e adaptabilidade.

Nome vulgar: Chimpanzé
Nome científico: Pan troglodytes
Algumas características:
· Tem de 20 a 25 mil genes, em três milhões de pares de bases de DNA.
· Coincide em 96% com os genomas do homem; por isso é muito importante para estudos de problemas genéticos humanos.


Nome vulgar: Bacilo de Pfeiffer
Nome científico: Haemophilus influenzae
Algumas características:
· Tem aproximadamente 1.740 genes.
· É uma bactéria que provoca meningites e também outras doenças como pneumonia.
· Foi o primeiro organismo a ter o seu genoma completamente sequenciado.




Nome vulgar: Abelha
Nome científico: Apis mellifera
Algumas características:
· Tem 14 mil genes.
· Existe 15 mil sequencias expressas apenas no cérebro de abelhas em fase adulta.


Nome vulgar: Rato de esgoto
Nome científico: Rattus norvegicus
Algumas características:
· Tem cerca de 25 mil genes.
· Tem um genoma igual ao do homem numa porção de cerca de 90%.
· Ajudará os biólogos a identificar e compreender os genes do homem e a estudar a evolução do genoma dos mamíferos.

Wednesday, October 04, 2006